quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Pesquisa inédita revela as percepções dos brasileiros sobre Parkinson

97% dos brasileiros conhecem a doença de Parkinson e 94% deles sabem que a enfermidade não tem cura.


Obter maior eficiência no tratamento da doença, permanecendo maior tempo sem os sintomas é o principal desejo do brasileiro. O estudo mostra também, como seria a reação ao receber o próprio diagnóstico de Parkinson e como a população assumiria o papel de cuidador de um familiar
 
97% dos brasileiros conhecem a doença de Parkinson e 94% deles sabem que a enfermidade não tem cura, mas que existe tratamento para diminuir sua progressão e controlar os sintomas. Estes são alguns dos principais achados da pesquisa comportamental “O brasileiro e o Parkinson”, encomendada pela Teva Farmacêutica, com a colaboração da Associação Brasil Parkinson e realizada pelo Conecta Ibope. O levantamento ouviu homens e mulheres acima de 18 anos em todo o país, e traz revelações sobre o comportamento da população em diferentes cenários relacionados à doença.

Com relação aos sinais da doença, os brasileiros também mostraram bons conhecimentos ao indicarem as principais manifestações: tremores (92%), perda do equilíbrio (61%) e dificuldade para andar (55%). “Saber quais são os sintomas de qualquer doença é o primeiro passo em busca de diagnóstico precoce e tratamento adequado. Ter uma população alerta para esse tipo de questão é fundamental para termos casos controlados e pacientes com mais qualidade de vida”, explica o presidente da ABP, Samuel Grossman.

Atualmente a doença de Parkinson atinge cerca de 250 mil pessoas no Brasil e, com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, a previsão é que esse número dobre até 2040. Diante deste cenário, a doença tem despertado o interesse da população sobre os tipos de tratamento disponíveis para o Parkinson. Os dados mostram que 88% dos entrevistados entendem que a terapia deve ser multidisciplinar, combinando medicamentos com outros tratamentos, como fisioterapia ou fonoaudiologia. Ao mesmo tempo, 55% dos brasileiros esperam que os medicamentos utilizados prolonguem o período em que os sintomas não se manifestam, ampliando assim a qualidade de vida do paciente.

“Realmente, o paciente precisa de atendimento multidisciplinar que inclui, além do neurologista, a participação do fonoaudiólogo, fisioterapeuta e nutricionista. Além disso, já contamos no Brasil da rasagilina – um medicamento que beneficia os pacientes que apresentam flutuações motoras (o período em que a dose do medicamento vai perdendo o efeito e os sintomas voltam a serem sentidos), como comprovam diversos estudos”, com o que concorda o presidente da Associação, Samuel Grossmann.

Embora um dos destaques da pesquisa seja o bom conhecimento dos brasileiros em relação ao assunto, 47% dos entrevistados acham que o Parkinson é uma doença específica da terceira idade. “A maioria dos parkinsonianos é diagnosticada por volta dos 60 anos, mas em torno de 5% deles podem ter tido os primeiros sintomas antes dos 40 anos. Assim é muito importante o diagnóstico precoce para iniciar o tratamento, que ajuda a minimizar os sintomas e a retardar o avanço da doença”, continua o presidente da ABP.

Estudos clínicos demonstram que a enfermidade, em nível avançado, pode restringir consideravelmente as atividades diárias do parkinsoniano. A informação também é confirmada pela pesquisa, que revela que 60% dos entrevistados reconhecem que em estágios adiantados a doença restringe totalmente a rotina do paciente, que precisa de auxilio para realizar tarefas simples do dia a dia, como andar e cuidar da higiene pessoal. Entretanto, mesmo com a enfermidade, os entrevistados consideram que ainda é possível estudar (23%), praticar esportes (21%), comer e beber sozinho (18%), trabalhar (12%) e dirigir (3%).

Sentindo na pele

A pesquisa O brasileiro e o Parkinson criou um cenário para descobrir como os entrevistados lidariam com a enfermidade se fossem diagnosticados com a doença. Nesse universo, 77% deles disseram que começariam o tratamento imediatamente. Já outros, 22%, além de iniciá-lo imediatamente, usariam terapias alternativas. Somente 1% rejeitaria qualquer tratamento. Caso os pesquisados sentissem tremores, rigidez muscular e alteração na fala (sintomas motores comuns no Parkinson); 48% procurariam o clínico geral; 34% o neurologista; 6% o cardiologista; 2% o fonoaudiólogo; 2% ortopedista e 6% não saberiam qual especialidade procurar. Por outro lado, se estivessem com dificuldade para dormir, depressão e apatia (alguns dos sintomas não motores da doença), procurariam ajuda com o psiquiatra (46%), o clínico geral (29%), neurologista (14%), outras especialidades (4%), além disso, 5% não saberiam que especialista procurar e 1% não iria ao médico.

Viver com o parkinsoniano

Quando questionados sobre como lidariam com um familiar com a doença, 65% dos pesquisados afirmaram que cuidariam dele, mas precisariam de ajuda. Já 17% cuidariam e só procurariam auxílio à medida que a doença progredisse. Somente 10% afirmaram que assumiriam totalmente os cuidados e 9% preferem terceirizar os cuidados, seja em casa ou clínicas. Quando as tarefas diárias são detalhadas, a alimentação é a atividade que os entrevistados mais estariam dispostos a lidar sozinhos (45%), enquanto higiene pessoal é a que menos querem fazer (9%) sem ajuda.

“Esses dados comprovam a importância da participação da família e dos amigos para tornar a rotina do paciente mais leve para o parkinsoniano e seu cuidador”, reforça o presidente da Associação Brasil Parkinson. Existem cerca de 4 milhões de pessoas no mundo com Parkinson, de acordo com a ONU porém, no levantamento, apenas um terço dos entrevistados (33%) conhece um paciente com a doença e 83% desses parkinsonianos tem alguma restrição na sua rotina. Contudo, 39% deles têm uma vida normal, mas com restrições de atividade e 44% têm uma rotina mais limitada. Somente 12% conseguem ter uma vida normal, sem limitações.

Pensando nos cuidados com esses pacientes, 77% dos pesquisados dizem que os parkinsonianos que eles conhecem recebem cuidado exclusivo da família, 11% contam com apoio de familiares e cuidadores e somente 4% estão em clínicas. Já avaliando a relação da família com esses pacientes, 58% dos pesquisados dizem que é amorosa, 18% apontam conflitos e 12% avaliam como delicada.

Novos tratamentosEmbora, a doença seja associada com sintomas motores (como tremores, rigidez, lentidão do movimento, desequilíbrio, andar arrastado ou perda de expressão facial), também ocorrem sintomas não motores, tais como depressão, dor, disfunção cognitiva e desordens de sono. Atualmente, o paciente conta com diferentes estratégias terapêuticas para controlar os sintomas como a rasagilina, recém-lançada no Brasil, que melhora a qualidade de vida do paciente ao promover maior controle motor durante dia e noite, com segurança e boa tolerabilidade em todas as fases da Doença de Parkinson permitindo ao paciente manter por mais tempo a autonomia em suas atividades diárias.

“A rasagilina pode ser usado na fase inicial da doença como monoterapia ou quando surgem as flutuações motoras, ocasião em que o paciente relata que necessita antecipar a próxima dose da medicação por que ocorre a diminuição do efeito da mesma” explica Tony Piha, diretor médico da Teva Farmacêutica no Brasil.

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/312712/pesquisa-inedita-revela-as-percepcoes-dos-brasileiros-sobre-parkinson

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

POLÍTICA Política de atenção às pessoas com doença de Parkinson será debatida na próxima semana

A Comissão de Seguridade Social e Família promove, na próxima quinta-feira (17), uma audiência pública para discutir proposta (PL 605/15) que define diretrizes para a política de tratamento à doença de Parkinson no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
O projeto, de autoria do deputado Lobbe Neto (PSDB-SP), garante atenção integral à pessoa portadora da doença, por meio do fornecimento dos medicamentos e das demais formas de tratamento, como fisioterapia, terapia fonoaudiológica e atendimento psicológico, com a disponibilização de profissionais das diversas áreas.
O deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), que solicitou o debate, lembra que o Ministério da Saúde publicou, em 2010, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Doença de Parkinson (Portaria 228/10). “Esse protocolo estabelece o conceito geral da doença, critérios de diagnóstico, critérios de inclusão e exclusão, tratamento e mecanismos de regulação, controle e avaliação da doença e é de caráter nacional”, informou Gonçalves.
Segundo ele, atualmente já são desenvolvidas ações para garantias previstas no referido projeto, como fornecimento de medicamentos, fisioterapia, fonoaudiologia, atendimento psicoterápico, entre outras.
“Diante do que temos hoje, é necessário discutir de forma ampla o dinamismo que as regras atuais para estabelecimento de diretrizes e de incorporação de tecnologias ao SUS possuem e se elas podem ser mais ágeis que a própria criação da lei que se pretende com o projeto apresentado”, disse o deputado.
Foram convidados para o debate a presidente da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS do Ministério da Saúde, Clarice Petramale; e o presidente da Associação de Parkinson do Rio Grande do Sul, Carlos Roberto de Mello Rieder.
A audiência pública está marcada para as 9h30, no plenário 7

Uso de estatinas relacionado a risco de Parkinson

BALTIMORE — Novos achados de uma grande base de dados nacional mostraram que o uso de estatinas para redução do colesterol está associado a um aumento no risco para doença de Parkinson (DP), mostrando o contrário de pesquisas prévias, que sugeriam que esses medicamentos tinham efeito protetor para DP.
"Nós identificamos 20.000 pacientes com doença de Parkinson e avaliamos se o uso de estatinas estava associado com um maior ou menor risco, e descobrimos que pessoas usando estatinas tinham um maior risco da doença, o que é o oposto do que se acreditava", disse ao Medscape a autora sênior Dr. Xuemei Huang, vice-presidente de pesquisa no Penn State College of Medicine, Hershey, Pennsylvania.
Embora tenha sido demonstrado que o colesterol elevado apresenta efeito protetor no risco de DP, o papel do uso de estatinas tem sido motivo de debate.
Dentre os estudos apoiando os benefícios há uma pesquisa publicada em 2012 no Archives of Neurology mostrando "uma redução modesta na doença de Parkinson" com o uso de estatinas.
Ao avaliar a questão em um estudo prévio próprio, a Dra. Xuemei e colaboradores de fato encontraram um risco aumentado associado ao uso de estatinas e realizaram o novo estudo para explorar melhor a associação em uma coorte muito maior.
Para o novo estudo, apresentado no Encontro Anual de 2016 da American Neurological Association(ANA), os pesquisadores utilizaram dados das bases MarketScan Commercial Claims Encounters, incluindo informações sobre 30.343.035 pessoas com idade entre 40 e 65 anos entre 1º de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2012.
Dentre os indivíduos, 21.559 foram identificados como portadores de doença de Parkinson com base nos critérios de diagnóstico primário ou secundário, uso de medicamentos anti-parkinsonianos, ou por terem implantado dispositivo de estimulação cerebral profunda.
Na análise transversal, o uso de medicamentos redutores do colesterol, incluindo estatinas e não estatinas, esteve associado com uma prevalência significativamente maior de doença de Parkinson (odds ratio - OR, 1,61 – 1,67; P < 0,0001) depois de ajustes para idade, sexo e outras comorbidades, como hiperlipidemia, diabetes, hipertensão e doença arterial coronariana.
Para um grupo comparativo com doença neurodegenerativa, os pesquisadores também avaliaram a associação das estatinas com o diagnóstico de doença de Alzheimer, mas encontraram apenas uma associação mínima (OR 1,01 – 1,12; P = 0,055).
As associações entre medicamentos redutores de colesterol e doença de Parkinson foram mais intensas em pacientes com hiperlipidemia e não houve diferença significativa entre estatinas hidrofílicas ou lipofílicas, assim como para outros medicamentos redutores de colesterol não estatinas, quanto ao efeito no risco de Parkinson.
"Sabemos que a literatura em geral favorece a ideia de que o colesterol mais elevado está associado a desfechos benéficos na doença de Parkinson, estão é possível que as estatinas removam a proteção ao tratar o colesterol elevado", explicou a Dra. Xuemei.
"Outra possibilidade é que as estatinas bloqueiem não apenas a síntese de colesterol, mas também a síntese da coenzima Q10, que é essencial para a função celular".
Os pesquisadores também estratificaram as pessoas de acordo com o tempo pelo qual estavam recebendo tratamento usando uma análise combinada de caso-controle com 2458 pares de casos de doença de Parkinson e controles.
Na análise transversal, os medicamentos redutores do colesterol estatinas ou não estatinas estiveram associados ao Parkinson, mas na análise de caso-controle da duração do tratamento, apenas as estatinas permaneceram associadas com o risco de Parkinson de forma significativa.
O maior risco foi associado no período mais precoce após início das estatinas (OR 1,93 para menos de um ano de uso; 1,83 para 1 a 2,5 anos; e 1,37 para 2,5 anos ou mais; P tende a < 0,0001).
"O aumento do risco de Parkinson provavelmente é maior no início do uso das estatinas, então acreditamos que as estatinas possam 'desmascarar' o Parkinson", disse a Dra. Xuemei. "As pessoas podem já estar no caminho para o Parkinson e quando usam as estatinas para controlar o colesterol elevado, isso leva à revelação dos sintomas clínicos de Parkinson".
"Com base nesses dados, acreditamos que deve haver cautela antes de declarar que as estatinas protegem contra doença de Parkinson", acrescentou ela. "Os dados ainda não estão claros".
Uma meta-análise publicada no início do ano na revista Pharmacoepidemiology and Drug Safetysugere que uma razão para as inconsistências nas evidências para o papel das estatinas é que muitos estudos falham em ajustar quanto aos níveis de colesterol.
Nesse trabalho, estudos que não fizeram o ajuste mostraram um efeito protetor das estatinas (risco relativo, 0,75), mas aqueles que ajustaram para colesterol ou hiperlipidemia não mostraram efeito protetor: aqueles que ajustaram para hiperlipidemia tiveram um risco relativo de 0,91, e para o colesterol, o risco relativo foi de 1,04.
"O aparente efeito protetor das estatinas sobre o risco de doença de Parkinson é, no mínimo, parcialmente explicado pela confusão quanto à indicação da estatina", disseram os autores.
Além disso, uma outra meta-análise publicada no Journal of Neurology em 2013 sugeriu que existe um viés de publicação significativo na literatura recente a respeito dos efeitos protetores das estatinas na doença de Parkinson.
"O estudo atual é um dos poucos a relatar potenciais efeitos negativos das estatinas na doença de Parkinson", observou a Dr. Xuemei.
O estudo foi patrocinado por fundos do National Institutes of HealthPennsylvania State University College of Medicine-Milton S. Hershey Medical CenterGeneral Clinical Research Center (GCRC),GCRC Construction e Center for Applied Studies in Health EconomicsOs autores declararam não possuir conflitos de interesse relevantes ao tema.
Encontro Anual de 2016 da American Neurological Association (ANA). Resumo S137. Apresentado em 16 de outubro de 2016.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Michael J. Fox sobre Parkinson: “Diziam que eu estaria inválido em 10 anos”

O ator Michael J. Fox, conhecido pela trilogia De Volta Para o Futuro, realizou uma série de depoimentos emocionantes sobre sua luta contra o Mal de Parkinson, doença da qual foi diagnosticado quando tinha 29 anos.
“Os médicos diziam que eu estaria inválido em 10 anos”, afirmou o artista em entrevista a revista norte-americana Haute Living’s. “Quando deixou de ser segredo publicamente, isso serviu como um despertar para mim. Já era para estar um inválido, mas estou longe disso”, disse o ator.
Fox também falou sobre a fundação criada por ele no ano 2000, que já contribuiu com mais de 650 milhões de dólares para as pesquisas para o tratamento do Mal de Parkinson, além de técnicas de meditação para o seu tratamento.
“Só fico sem me mexer quando estou dormindo e em meditação. Caso consiga me concentrar, o meu cérebro se acalma o suficiente para que meu corpo fique parado”, explicou.
Fonte: https://observatoriodocinema.bol.uol.com.br/

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Tipos de Parkinson

O que é parkinsonismo?
Parkinsonismo descreve uma série de condições cujos principais sintomas incluem tremores, rigidez muscular e movimentos lentos.

Parkinson, também conhecida como doença de Parkinson idiopática, é a forma mais comum de parkinsonismo idiopática significa que a causa é desconhecida. A maioria das pessoas com parkinsonismo tem Parkinson, mas outros tipos incluem atrofia de múltiplos sistemas (MSA) e paralisia supranuclear progressiva (PSP).

O que é doença de Parkinson?
Parkinson é uma doença neurológica progressiva (uma condição no cérebro), que piora com o tempo. Pessoas com Parkinson não tem dopamina o suficiente, porque algumas das células nervosas no cérebro morreram. Sem dopamina, as pessoas podem ver os seus movimentos tornar mais lento.

O que causa a doença de Parkinson?
Nós ainda não sabemos exatamente por que as pessoas adquirem o Parkinson, mas pesquisadores acreditam que uma combinação de fatores genéticos e ambientais podem causar a morte de células nervosas produtoras de dopamina.

Pode certos tipos de medicação causar Parkinson?
Há um risco de que alguns medicamentos usados ​​para outras condições, tais como drogas usadas para tratar graves problemas de saúde mental, tontura, náusea e pressão arterial elevada, podem provocar os sintomas de Parkinson. Este tipo de parkinsonismo é chamado parkinsonismo induzida por drogas. Isso acontece com drogas que bloqueiam a dopamina (substância química que está em falta nos cérebros de pessoas com Parkinson). Se você está preocupado com os medicamentos que está tomando, fale com o seu médico.

Hospital Unimed Litoral realiza primeira cirurgia para Doença de Parkinson da região


O Hospital Unimed, de Balneário Camboriú, realizou no último sábado (22) um procedimento inédito na região. A cirurgia para a Doença de Parkinson, técnica que consiste na implantação de eletrodos no cérebro do paciente, é de alta complexidade e demorou cerca de 4 horas até ser concluída (além das três horas do processo pré-operatório).

"Este foi o primeiro procedimento realizado na nossa região. Até então os pacientes portadores da Doença de Parkinson precisavam se deslocar a centros distantes para se submeterem a cirurgia e várias consultas de seguimento", explica o neurocirurgião Luciano Carvalho Silveira*, membro da equipe que realizou o procedimento.

A doença de Parkinson ainda não tem cura, mas a cirurgia diminui os sintomas. "Durante o procedimento implantamos eletrodos em pequenos núcleos localizados profundamente no cérebro. Estes núcleos são localizados através de exames de imagens específicos e cálculos matemáticos com extrema precisão. Após o implante esses eletrodos são conectados a um gerador de estímulos (marca-passo cerebral) com o intuito de modular o funcionamento deste circuito cerebral", explica o neurocirurgião, destacando que mais de 90% dos pacientes tem melhora nos sintomas. A estimulação cerebral profunda é indicada aos portadores de Parkinson no estágio da doença em que os efeitos colaterais das medicações não são contornáveis com medidas clínicas. A operação não dispensa outros tipos de tratamento. Sempre se combina com reabilitação e medicações. Os pacientes têm a medicação diminuída, mas não retirada totalmente.

O procedimento é um marco para o Hospital Unimed, que vem se destacando como referência em cirurgias deste tipo. "Entendemos que nosso hospital está totalmente preparado para atender os pacientes que necessitam de cirurgias de alta complexidade. Dispomos da mais alta tecnologia médica existente no mercado, garantindo assim toda a segurança do paciente e da equipe cirúrgica. Este é mais um exemplo de tantos outros procedimentos de alta complexidade já realizados aqui. Isso demonstra a qualidade, segurança e toda a acreditação de nossos médicos cooperados possuem com nossos serviços. É a Unimed Litoral demonstrando sua qualidade", relata Fábio Eugênio, gerente do Centro Cirúrgico da Unimed Litoral.

Participaram da cirurgia, além do Dr. Luciano Silveira, os neurocirurgiões César Augusto Silveira Nunes, Vinicius Borges Soares, Cícero Tulio Pereira da Costa e Evandro Luis Grutzmacher o anestesista Abel Fernando Rech a instrumentadora Leoniza Mattos Trindade, o circulante de sala José Ivaldo de Sousa Pantoja e a enfermeira Érica Motta.
Unimed Litoral